As Jornadas de Primavera são já uma tradição para reflectir sobre o actual momento dos museus e seus profissionais em Portugal tendo como perspectiva o tema do Dia Internacional de Museus. Este ano o ICOM Portugal deu continuidade a essa tradição e as jornadas realizadas no passado dia 5, no Palácio Nacional da Ajuda, tiveram como mote “Museus Hiperconectados: Novos Desafios e Perspectivas“.
As jornadas tiveram, como publicado no programa previamente, início com a recepção aos participantes e abertura da sessão pelo Presidente do ICOM Portugal, José Alberto Ribeiro, e pela Presidente da Assembleia Geral, Clara Frayão Camacho, a dar as boas vindas aos presentes e a introduzir o tema e as motivações das apresentações e mesa redonda que preencheram o programa.
A primeira apresentação da manhã, a cargo do Alexandre Matos e da Ana Carvalho, membros da equipa do ICOM Portugal no Projecto Mu.SA, centrou-se na apresentação deste projecto em que somos parceiros de diversas organizações europeias, entre as quais o comité nacional grego do ICOM, na criação de ferramentas de formação para perfis profissionais emergentes na área da cultura digital. O Alexandre Matos mostrou-nos o contexto geral do projecto e a Ana Carvalho detalhou o trabalho realizado pelo ICOM Portugal, e por outros parceiros, na primeira fase de definição de quatro perfis profissionais emergentes nos museus. No final da apresentação houve um tempo para questões e discussão, moderado por Clara Frayão Camacho, onde foram colocadas algumas questões sobre o projecto e o seu futuro.
A segunda apresentação da manhã, a cargo do Mário Antas, debruçou-se sobre o projecto EULAC e sobre o importante trabalho realizado pelo Museu Nacional de Arqueologia e outros parceiros no pesquisa sobre museus comunitários baseada num modelo conceptual desenvolvido, entre outros, pelo anterior presidente do ICOM Portugal, Luís Raposo. Este projecto, assente num triângulo entre a América do Sul, América Central e Europa, tem desenvolvido um conjunto de iniciativas e pesquisa com o objectivo de desenvolver e promover o trabalho dos museus comunitários como peças basilares no desenvolvimento sustentável das comunidades onde se inserem. Toda a informação sobre o projecto pode ser encontrada em https://eulacmuseums.net/.
A parte final das jornadas foi preenchida com uma mesa redonda sobre o tema do Dia Internacional dos Museus que contou com a presença da Joana Sousa Monteiro (Presidente do CAMOC), Luís Raposo (Presidente do ICOM Europa), Elsa Rodrigues (Presidente do DEMHIST) e José Gameiro (Presidente do Júri EMYA) e com moderação de Dália Paulo, membro da direcção do ICOM Portugal. Em todas as intervenções foram abordadas as vantagens, e os perigos, de um mundo hiperconectado no qual os museus podem e devem ser instituições de referência e salvaguarda do papel que a cultura material representa e na forma como nos permite comunicar com a história e herança cultural que guardamos.
Após as intervenções iniciais dos convidados, foram colocadas algumas questões e feitos alguns comentários por parte da audiência sobre o tema.
Será publicado, no próximo boletim do ICOM Portugal, um texto mais abrangente sobre as jornadas, mas não poderíamos deixar de agradecer a todos os convidados para estas Jornadas de Primavera pela partilha da sua experiência e conhecimento, bem como a todos os participantes nas jornadas pelo interesse manifestado.
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