Museus e Cidadania: Experiências, Conceitos e Desafios. Conferência internacional, 10 e 11 de abril 2024, Museu Nacional dos Coches
Aos Museus, Cidadãos! Museus e Cidadania: Experiências, Conceitos e Desafios é uma conferência internacional que reúne 30 oradores nacionais e internacionais para debater o papel dos museus na construção da cidadania, promovendo a troca de experiências, conceitos e desafios.
Organizada pela Museus e Monumentos de Portugal e o ICOM – International Council of Museums, com o apoio do ICOM Portugal, esta conferência inscreve-se no quadro das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Aos Museus, Cidadãos! pretende colocar em perspetiva a ideia de que os museus são lugares que convocam à participação das comunidades, enquanto espaços abertos à diversidade e à liberdade. Os tempos atuais são especialmente desafiadores para os museus na sua função de promotores da cidadania. Barreiras à livre circulação entre e dentro de diferentes regiões geográficas estão a aumentar, ampliando os desafios enfrentados pelos migrantes; perceções do “outro” estreitamente nacionalistas e populistas estão a espalhar-se, pondo em causa valores e práticas democráticas de longa data. O envolvimento da comunidade nas políticas públicas culturais está frequentemente a enfraquecer. Além disso, as alterações climáticas estão a atingir um possível ponto sem retorno e, pela primeira vez em décadas, a humanidade é confrontada com o risco de conflitos em grande escala.
Este é o momento de refletir sobre o papel dos museus neste complexo cenário global. É altura de apelar novamente ao envolvimento cívico da sociedade.
A participação é gratuita, mediante inscrição prévia. Preencha o formulário e envie para aos@museusemonumentos.pt
Recursos:
Programa em pdf:
Programa Museus e Cidadania abril 2024Descarregar
Formulário de inscrição:
MMP_FORM_CONF_Museus e CidadaniaDescarregar
PROGRAMA
10 DE ABRIL – MUSEU NACIONAL DOS COCHES (dia 1)
14h00 – SESSÃO DE ABERTURA
14h15 – Comunicações principais
Emma Nardi (Presidente do ICOM): Iluminismo, Cidadania e a Origem dos Museus Nacionais
Guilherme d’Oliveira Martins (Presidente da Comissão Diretiva do Conselho da Europa que redigiu a Convenção de Faro): Património Cultural – Bem Comum da Humanidade
15H05 – SESSÃO 1: MUSEUS E CIDADANIA EM TEMPOS DE INCERTEZA
Moderadora: Maria de Jesus Monge (Conselho de Administração da Museus e Monumentos de Portugal e ICOM Portugal)
Deborah Tout-Smith (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Austrália: Criar Melhores Cidadãos: Os Museus Enquanto Agentes de Mudança
Steph Scholten (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Reino Unido: Entre a Espada e a Parede: Museus Ingleses e Escoceses em Tempos de Populismo
Kaja Sirok (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Eslovénia: Os Museus como Agentes de Mudança e de Capacitação das Comunidades Locais
Alexandre Chevalier (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Bélgica: O Museu e o Exercício da Democracia
16h05 – Coffee-break
16H30 – SESSÃO 2: OS MUSEUS E A DEMOCRACIA
Moderador: David Felismino (Presidente do ICOM Portugal)
Giuliana Ericani (Presidente do ICOM Europa), Itália: Acessibilidade, Participação, Cidadania Ativa: A Política e os Profissionais dos Museus
Inkyung C. Hang (Vice-Presidente do ICOM), Coreia do Sul: Justiça pela Cidadania: O Parque da Paz 4·3 de Jeju, na Coreia
Antonio Rodriguez (Presidente do Conselho Consultivo), EUA: Os Museus como Centros Dinamizadores de Participação Cívica: Exemplos das Américas
17h15 – Discussão (sessões 1 e 2)
11 DE ABRIL – MUSEU NACIONAL DOS COCHES (dia 2)
9h30 – Luís Raposo (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Portugal: O Sopro Democrático nos Museus Portugueses
10h00 – SESSÃO 3: OS MUSEUS COMO FORÇA MOTRIZ DA EDUCAÇÃO PARA A DEMOCRACIA
Moderadora: Marta Lourenço (Membro do ICOM Portugal)
Juliette Raoul-Duval (Vice-Presidente do ICOM Europa), França: O Papel do ICOM no Incentivo à Confiança dos Cidadãos nos Museus
David Felismino (Presidente do ICOM Portugal), Portugal: Construir Diversidade no Património e nos Museus Portugueses. Modos de Mudar Práticas e Narrativas em Tempos Pós-coloniais
Lana Karaia (Membro do ICOM Europa), Geórgia: Superar Fronteiras Cívicas: Desafios e Revelações dos Museus Georgianos
Sara Brighenti (Plano Nacional das Artes), Portugal: O que Podem Fazer os Museus pela Cidadania Cultural?
11h00 – Coffee-break
11h30 – SESSÃO 4: MUSEUS E CAPACITAÇÃO DOS CIDADÃOS
Moderadora: Joana Sousa Monteiro (Comité do Plano Estratégico do ICOM)
Tayeebeh Golnaz Golsabahi (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Irão: O Impacto dos Museus na Perceção Pública da Vida Rural
Mário Nuno Antas (Membro do ICOM Europa), Portugal: O Museu Inclusivo e Solidário
Ahmed Mohammed (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Emirados Árabes Unidos: A Experiência do Museu Shindagha na Promoção da Identidade Nacional dos Emirados Árabes Unidos
Susana Gomes da Silva (Fundação Calouste Gulbenkian), Portugal: Os Museus como Postos de Escuta e Instrumentos de Capacitação – Reinventar a Relação do Centro de Arte Moderna com o Público
12h30 – Discussão (sessões 3 e 4)
13h00 – Almoço livre
15h00 – SESSÃO 5: MUSEUS E CAPACITAÇÃO DOS CIDADÃOS (CONTINUAÇÃO)
Moderadora: Maria Isabel Roque (Membro do ICOM Portugal)
Terry Simioti Nyambe (Vice-Presidente do ICOM), Zâmbia: Os Museus como Nexos entre a Proteção do Património e a Comunidade – O Caso dos Museus Zambianos
Jody Steiger (Membro do Conselho Executivo do ICOM), Costa Rica: Ampliar o Alcance dos Nossos Museus: Instituições Culturais, Inclusão e Terceira Idade
Carina Jaatinen (Tesoureira do ICOM), Finlândia: O Novo Museu do Design (Helsínquia, Finlândia) e o Poder Transformador dos Museus
Inês Bettencourt da Câmara (Mapa das Ideias, membro do ICOM Portugal), Portugal: Abrir os Museus: De Cofre do Tesouro a Caixa de Ferramentas
16h00 – Coffee-break
16h30 – SESSÃO 6: OS MUSEUS PERANTE O FUTURO
Moderador: Mário Moutinho (NIMOM-ICOM)
Nathalia Pamio Luiz (ICOM Portugal), Portugal: O Museu como Tecnologia Social? Contributos para a Gestão Museológica Mediante Práticas de Socio-museologia
Clara Riso (EGEAC, Casa Fernando Pessoa), Portugal: Casa Fernando Pessoa – Uma Casa para a Literatura. Sinta-se em Casa!
Clara Camacho (Museus e Monumentos de Portugal e ICOM Portugal), Portugal: Políticas Públicas Perante o Futuro: Examinar uma Iniciativa Portuguesa, o “Grupo de Projeto Museus no Futuro”
Elke Kellner (Membro do Conselho Europeu do ICOM), Áustria: Arte e Ativismo na Crise Climática: Entre o Movimento e o Museu
17h30 – Discussão (sessões 5 e 6) e debate final
18h15 – Sessão de encerramento
MUSEUS, EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO. Jornadas de Primavera 2024.
ATENÇÃO: LOTAÇÃO ESGOTADA. INSCRIÇÕES ENCERRADAS
AGRADECEMOS A TODOS A PRONTA ADESÃO E PARTICIPAÇÃO
TRANSMISSÃO EM DIRETO ATRAVÉS DO FACEBOOK
O ICOM Portugal organiza as Jornadas de Primavera, que se realizam no dia 25 de março de 2024, no Palácio Nacional da Ajuda.
O programa destas Jornadas contempla a discussão a propósito do tema escolhido para celebrar o Dia Internacional dos Museus em 2024 pelo ICOM, Museus, Educação e Investigação.
Os museus são espaços vitais onde Educação e Investigação convergem para moldar a nossa compreensão e interpretação do mundo. Ambas constituem funções basilares e tradicionais dos museus, além do inventário, da documentação, da conservação e da segurança.
Os desafios do presente exigem, todavia, aos museus um papel expandido como agentes da vida comunitária e do progresso social. Obriga ao desenvolvimento de estratégias inovadoras, orientadas para um posicionamento mais proativo e colaborativo junto de múltiplas comunidades e de públicos não habituais. Significa um compromisso para com a inclusão, através da aproximação entre culturas, da contribuição para um mundo mais sustentável e do enfoque no bem-estar das populações.
Ancorados nas produções materiais e imateriais humanas, os museus são sobre pessoas e para pessoas. Devem ser acessíveis e democráticos, comprometidos com a justiça social e a equidade.
O tema do Dia Internacional dos Museus deste ano remete-nos assim para um conjunto de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em particular a oferta e garantia de uma educação de qualidade, inclusiva e participativa, ao longo da vida para todos.
A entrada é livre, mas é necessário inscrição através do email info@icom-portugal.org
PROGRAMA
9h00 – Receção dos participantes
9H30 – Museus, Educação e Investigação, David Felismino (ICOM Portugal)
10h00 – Expor a pesquisa: como passar do papel para a parede e quais as vantagens? O caso do projeto “O impulso fotográfico” no MUNHAC, Teresa Mendes Flores (ICNOVA, NOVA FCSH), Soraya Vasconcelos (Universidade Lusófona) e Catarina Mateus (Mosteiro de Alcobaça, MMP, E.P.E)
10h30 – Património Industrial. Memórias de Torres Novas, vila operária: o caso da Central do Caldeirão, Maria Elvira Marques (Museu Municipal Carlos Reis, Central do Caldeirão)
11h00 – Pausa Café
11h30 –Sibila Bilingue: a lenta escuta da alegria. Breve reflexão sobre aproximação, mediação e criação em conjunto, Marta Bernardes (Museu e Bibliotecas do Porto)
12h00 – Museu do Traje de São Brás de Alportel – O Museu como Espaço de diálogo: co-criação e empoderamento das comunidades, Emanuel Sancho, Vânia Mendonça (Museu do Traje de São Brás de Alportel)
12h30 – Debate
13h00 – Encerramento
INSCRIÇÕES
Entrada livre, mediante inscrição prévia para: info@icom-portugal.org
RECURSOS
Resumos e notas biográficas dos oradores:
RESUMOS E NOTAS BIOGRÁFICAS_Jornadas de Primavera 2024Descarregar
Cartaz A3 com programa:
Carta pública ao Ministro da Cultura e à Secretária de Estado da Cultura, solicitando esclarecimentos a propósito da obra Descida da Cruz de Domingos Sequeira
Exmo. Senhor Ministro da Cultura
Dr. Pedro Adão e Silva
Exma. Senhora Secretária de Estado da Cultura
Dr.ª Isabel Cordeiro
Na sequência das notícias divulgadas sobre a expedição temporária da pintura a óleo Descida da Cruz de Domingos Sequeira, o ICOM Portugal manifestou, no passado 7 de fevereiro, a Vossas Exas. a sua profunda preocupação, solicitando a consulta dos respetivos elementos processuais associados e inerentes ao mesmo.
A leitura e exame do processo decorreram no dia 14 de fevereiro nas instalações da Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E. (MMP), sucessora da extinta Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), atualmente com atribuições e responsabilidades na circulação dos bens culturais nacionais.
A empresa Starcorp Portugal, SA. comunicou, a 2 de novembro 2023, à DGPC a expedição temporária do referido quadro (de 2 de novembro 2023 a 2 de novembro 2024), com possibilidade de venda na galeria Colnaghi, em Madrid.
Seguindo os procedimentos estabelecidos na Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, foi obtido, a 14 de novembro 2023, o parecer técnico do Exº. Senhor Diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) e historiador de arte, Dr. Joaquim Oliveira Caetano, que propôs, dando conhecimento do mesmo à Exª. Senhora Secretária de Estado, Drª Isabel Cordeiro: i) o indeferimento do pedido de expedição temporária; ii) o início imediato do processo de classificação da pintura como Bem de Interesse Nacional, impedindo a sua saída do território; iii) o início imediato do processo de classificação das duas outras obras da mesma série (Ascensão e Juízo Final) ainda em posse da família; iv) o início de negociações junto dos proprietários com vista à possível aquisição da obra Descida da Cruz pelo Estado Português.
Este parecer motivou, no dia 15 de novembro 2023, a elaboração de uma informação do Dr. José António Falcão, Técnico Superior da DGPC, propondo a classificação da referida obra, com conhecimento e aprovação da Drª. Ana Saraiva, Chefe de Divisão de Património Móvel e Imaterial, e da Subdiretora-Geral da DGPC, Drª. Rita Jerónimo.
No mesmo dia 15 de novembro, foi instruída a proposta de classificação da pintura pelo Técnico Superior Dr. Roberto Leite, com base no interesse artístico, histórico e patrimonial relevante da mesma, fundamentando-se no parecer do Diretor do MNAA, bem como no fato dos desenhos preparatórios referentes às quatro pinturas vulgarmente conhecidas como “Série Palmela”, no acervo do MNAA desde 1876, estarem classificados como Bem de Interesse Nacional (Decreto Nº. 19/2006, 18 de julho de 2006) e a obra Adoração dos Magos, adquirida pelo MNAA mediante uma fortemente mediatizada campanha de financiamento público, aguardar publicação do decreto da sua classificação como Bem de Interesse Nacional desde 2022.
Relativamente à obra Adoração dos Magos, recorde-se que este procedimento foi aberto por despacho, de 28 de abril de 2021, do Exº. Diretor-geral da DGPC, Arq. João Carlos Santos, nos termos do n.º 4 do artigo 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, sendo que a sua “proteção e valorização representam valor cultural de significado para a Nação” (Anúncio n.º 114/2021, Diário da República n.º 110/2021, Série II de 2021-06-08). A classificação foi aprovada por unanimidade, em reunião ordinária de 19 de maio 2022, da Secção dos Museus, da Conservação e Restauro e do Património Cultural do Conselho Nacional de Cultura, com poderes nesta matéria de acordo com as atribuições que lhe competem nos termos do Decreto-Lei nº 132/2013, de 13 de setembro.
Apesar dos pareceres positivos e da instrução da proposta de classificação da obra Descida da Cruz, a 16 de novembro 2023, o Exº. Diretor-geral Arq. João Carlos Santos indeferiu a proposta, considerando “não oportuna a abertura do procedimento proposto”, de acordo com o despacho sintético da Exª. Drª Fátima Roque, Diretora do Departamento de Museus, Monumentos e Palácios.
Este indeferimento motivou a emissão e envio, em 5 de dezembro de 2023, da Certidão de Comunicação Prévia/Expedição da obra em apreço, nos termos do nº 5 do artº. 58 do Decreto-Lei nº 148/2015, de 4 de agosto.
Este relato, apoiado e documentado pela consulta dos elementos processuais que conduziram à expedição temporária da obra Descida da Cruz, evidencia, na opinião do ICOM Portugal, nalguns casos, irregularidades processuais que importam urgentemente clarificar, bem como, noutros, exigem esclarecimentos face às decisões tomadas que vão contra as orientações fundamentais da Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro, (Lei de Bases de Proteção do Património Cultural), no que se relaciona com os bens museológicos de excecional valor cultural.
Desta forma, decorridos cerca de três meses sobre a autorização de expedição, gostaríamos de deixar à consideração de Vossas Exas. o seguinte, a bem do interesse público e na justa medida do respeito pelo interesse privado dos proprietários:
- Quais os argumentos científicos e legais que motivaram e sustentaram a decisão tomada pelo Exº. Diretor-geral Arq. João Carlos Santos, no dia 16 de novembro 2023, no sentido do indeferimento da proposta de classificação, indo contra os pareceres do Exº. Senhor Diretor do MNAA e dos Técnicos Superiores da Divisão de Património Móvel e Imaterial da DGPC?
- Quais os argumentos científicos e legais que motivaram e sustentaram um tratamento distinto para a obra Descida da Cruz em relação à obra Adoração dos Magos uma vez que ambas integram uma mesma e única série pictórica, pensada como tal por Domingos Sequeira?
- Além de esclarecer a localização atual da obra Descida da Cruz, importa avaliar e clarificar se a saída temporária desta obra cumpre a legislação em vigor ou trata-se de uma situação de saída ilegal do território nacional uma vez que a comunicação de expedição temporária, com possibilidade de venda, por um ano (de 2 de novembro 2023 a 2 de novembro 2024), pela empresa Starcorp Portugal, SA. foi apenas feita no dia 2 de novembro 2023 (com entrada na DGPC a 6 de novembro), não cumprindo o estipulado no n.º 1 do art.º 57 do Decreto-Lei n.º 148/2015, de 4 de agosto, que obriga a que a comunicação de expedição de bens culturais não classificados como de interesse nacional ou de interesse público, nem inventariados, seja feita com a antecedência mínima de 30 dias? Sem prescindir do disposto no artigo 13º alíneas b) e d) da Convenção Relativa às Medidas a Adotar para Proibir e Impedir a Importação, a Exportação e a Transferência Ilícitas da Propriedade de Bens Culturais – Convenção de 1970, UNESCO, que tanto Portugal como a Espanha ratificaram em 1985 e 1986, respetivamente.
O princípio da cooperação que tem alimentado o relacionamento entre as nossas instituições, associado a uma permanente postura de transparência e boa governança, levam o ICOM Portugal a solicitar ainda a Vossas Exas. esclarecimentos urgentes sobre as atuais diligências levadas a cabo em relação ao seguinte:
- Estando atual e presumivelmente a referida obra na galeria de arte Colnaghi, pondera-se continuar com a classificação da obra como Bem de Interesse Nacional? Em conformidade com o proposto no parecer do Exº. Senhor Diretor do MNAA, pondera-se abertura de procedimento de classificação das obras Ascensão e Juízo Final, na posse de proprietários privados?
- Quais os esforços efetivamente envidados, nomeadamente pela Comissão de Aquisição de Bens Culturais e a MMP, no sentido que a referida obra de Domingos Sequeira seja adquirida pelo Estado Português e integrado nas coleções nacionais? Quais os esforços efetivamente envidados no sentido de o Estado Português adquirir as obras Ascensão e Juízo Final, na posse de proprietários privados?
Pelas razões acima expostas, o ICOM Portugal não pode deixar de expressar, de forma pública, a sua profunda indignação pela forma como este processo foi conduzido, gravemente lesiva do património cultural português. Domingos Sequeira, nome que ecoa através das páginas da história da arte portuguesa, deixou uma marca indelével como um dos pintores mais notáveis do século XIX, não só a nível nacional como europeu. A série pictórica, composta de 4 pinturas, na qual se integra a Descida da Cruz, é considerada das suas mais importantes obras, revestindo-se de características de “testamento plástico” do autor, no qual celebra o encontro entre a tradição e o contemporâneo.
Além dos imprescindíveis esclarecimentos sobre o sucedido, urgem medidas concretas e imediatas para reverter a saída desta obra do território nacional, bem como assegurar a sua proteção e valorização através da sua classificação.
Com os nossos melhores cumprimentos e com elevada estima pessoal,
Lisboa, 15 de fevereiro 2024
O Presidente do ICOM Portugal
David Felismino
Carta pública em pdf
Assembleia Geral – Sessão Ordinária. 25 de março 2024
Nos termos da Lei e dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM para reunir em Sessão Ordinária, no próximo dia 25 de março 2024, pelas 15h00, no Palácio Nacional da Ajuda, Ala Sul, 2º andar, Largo da Ajuda, em Lisboa, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
- Apreciação, discussão e votação do Relatório e Contas referentes ao exercício de 2023, acompanhado do Parecer do Conselho Fiscal;
- Balanço das atividades do ano de 2023 e apresentação do Plano de atividades do ano 2024;
- Apreciação, discussão e votação da proposta de atualização da tabela de valores das quotas anuais dos membros individuais e institucionais em 2025;
- Informações e outros assuntos de interesse associativo.
Mais informo que os documentos referidos ficarão disponíveis para consulta no site do ICOM Portugal nos prazos previstos pelos Estatutos (quinze dias).
Não havendo número suficiente de membros para deliberar em primeira convocação, a Assembleia, de acordo com os Estatutos, reunirá meia hora depois com qualquer número de presenças e com a mesma Ordem de Trabalhos.
Lisboa, 1 de fevereiro de 2024
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Alexandre Manuel Nobre da Silva Pais
Convocatória:
Convocatória Assembleia Geral Ordinária ICOM Portugal 25 Março 2024Descarregar
Publicação Convocatória no Jornal Público_12 de fevereiro 2024Descarregar
Documentos para consulta:
Proposta de Atualização das Quotas do ICOM Portugal em 2025 (ponto 3 da convocatória)Descarregar
Bolsas ICOM Portugal 2024
Documentos para download:
Bolsas ICOM Portugal 2024_Regulamento
BolsasICOM2024_FormularioCandidatura_versão final
REGULAMENTO
I- ÂMBITO
O ICOM Portugal organiza anualmente o Fundo de Bolsas ICOM Portugal, que se destina a estimular a participação dos seus membros associados em conferências, cursos, estágios ou intercâmbios, relacionados com as diversas funções museológicas, a fim de “promover a formação profissional dos seus membros”.
O Fundo de Bolsas é destinado a apoiar a participação dos seus membros em conferências, cursos, estágios ou intercâmbios, presenciais ou online (estudo e investigação, incorporação, inventário e documentação, conservação, segurança, interpretação e exposição, educação), através da atribuição de um subsídio que cubra parte das despesas associadas.
II – AS BOLSAS
Serão atribuídas até 5 bolsas.
O valor de cada bolsa, destinado a cobrir parte das despesas associadas, terá um valor máximo de 1000,00€.
III – PRAZOS
Submissão das candidaturas: 5 de fevereiro a 18 de março 2024
Comunicação das candidaturas selecionadas: 8 de abril 2024
Deverá ser apresentado comprovativo de aceitação ou de inscrição na ação para receber o subsídio atribuído.
As ações de formação a financiar devem acontecer e ser finalizadas até 31 de março de 2025.
IV – QUEM PODE CONCORRER
Os candidatos devem obedecer aos seguintes critérios de elegibilidade:
1. Ser membro individual – regular ou estudante – do ICOM Portugal e ter em dia as quotas do ICOM referentes aos anos de 2023 e 2024;
2. Ter comprovativo de inscrição ou de aceitação na ação na qual pretende participar (conferências, cursos, estágios ou intercâmbios, presenciais ou online).
As candidaturas serão avaliadas tendo em conta o mérito e qualidade da candidatura bem como a importância estratégica da ação para o desenvolvimento dos museus em Portugal.
Para uma melhor distribuição dos recursos, serão privilegiados candidatos que não tenham obtido bolsas do ICOM Portugal ou do ICOM Internacional em anos anteriores.
A bolsa do ICOM Portugal não poderá ser cumulável com outro subsídio atribuído por outra instituição e entidade. Serão igualmente privilegiados candidatos que não tenham acesso a outro tipo de bolsas.
V – COMO CONCORRER
Todas as candidaturas são feitas por via eletrónica – info@icom-portugal.org – e devem ser acompanhadas da seguinte documentação:
a) Formulário de candidatura corretamente preenchido e assinado, acessível em www.icom-portugal.org;
b) Carta de motivação, explicitando porque deseja participar na conferência e resultados esperados (máximo 500 palavras);
c) Curriculum Vitae mencionando formação, experiência profissional e funções atuais (máximo uma página);
d) Resumo dos conteúdos da ação na qual pretende participar;
e) Comprovativo de aceitação na ação;
f) Orçamento estimativo global associado à participação na ação;
g) Indicação se concorre a outra bolsa para os mesmos fins.
O ICOM Portugal apela aos candidatos que obedeçam aos critérios de elegibilidade e entreguem toda a documentação solicitada.
VI – COMPROMISSO
O subsídio será depositado diretamente na conta bancária do bolseiro e este deverá entregar, até trinta dias após a realização da ação:
a) Comprovativo de participação na ação;
b) Relatório circunstanciado, incluindo comprovativo de despesas.
VII – JÚRI
O júri do Fundo de Bolsas do ICOM Portugal 2024 é composto por:
– Inês Bettencourt da Câmara, Mapa das Ideias e membro do ICOM Portugal
– Marta Lourenço, Museus da Universidade de Lisboa e membro do ICOM Portugal
– Paula Menino Homem, Universidade do Porto e Vogal da Mesa da Assembleia Geral do ICOM Portugal (2023-2026)
VIII – SUBMISSÕES E INFORMAÇÕES
Por via eletrónica – info@icom-portugal.org
Indicar no assunto: Bolsas ICOM Portugal
IX – PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
De acordo com o disposto no Regulamento (EU) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho – Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) – e restante legislação nacional aplicável em matéria de privacidade e proteção de dados, em especial, a Lei no 58/2019, de 8 de agosto, a recolha e tratamento dos dados pessoais inerentes às candidaturas destina-se exclusivamente aos fins indicados, sendo os mesmos eliminados pelo ICOM Portugal após o termo da iniciativa a que digam respeito, no quadro da política de privacidade e proteção de dados pessoais.
Lisboa, 1 de fevereiro 2024
O Presidente do ICOM Portugal
David Felismino
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